Ninguém está preparado para a morte, por muito que se diga o contrário! Hoje a caminho do trabalho fiquei a saber da morte deste grande homem. Foi com tristeza que Nuno Markl fez um cromo dedicado a António Feio porque ele era mesmo um cromo, um bom cromo, uma excelente pessoa. Fica como exemplo para todos nós, menos de um ano após ter perdido a irmã (vitíma da mesma doença) Feio deixou-nos. Nunca deixou de falar à comunicação social sobre a sua doença, mostrou-se sempre animado mesmo que confessasse estar assustado com a possibilidade de não conseguir derrotar o "bicho", nome que deu ao câncro. Não era acompanhante assídua dos seus trabalhos mas não pude conter as lágrimas quando ouvi o relato emocionado de Rogério Samora. O teatro fica mais pobre, Portugal fica mais triste. Aos que cá ficam António deixa o exemplo de força e optimismo mesmo na luta contra uma doença tão dura como pode ser a que o fez sucumbir. Pensei que sobrevivesse, julguei que fosse um caso de vitória mas a vida é feita de vitórias e de derrotas, por vezes muito injustas. O pequeno neto que deixou vai ter, sem dúvida alguma, muitos relatos e memórias que o farão orgulhar-se daquele grande homem que foi, e continuará a ser, o seu avô.
Sinceras condolências à família.
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